Um mundo à p'arte

sábado, outubro 22, 2005

Contra os espinhos da violência, a vida merece uma rosa

Porque vivemos sob os que insistem em dominar aquém da ética e além da lei.
Porque todos os dias somos subjugados por aqueles que julgam deter em si a razão. E porque fazem uso das armas da burocracia por saberem que não estão ao alcance dos simples.
Porque crêem que podem julgar e sentenciar tendo legitimidade e impunidade para fazê-lo.
Porque querem construir um mundo onde possam ser os líderes inquestionáveis e para isso usam falsos moralismos e éticas distorcidas e manipuladas.
Porque o poder exercido sobre as massas já não é a força das armas, mas sim a manipulação das mentes.
Porque grande é a verdade, mas maior ainda, do ponto de vista prático, é o silêncio a respeito da verdade.
Porque somos induzidos a amar a servidão.
Porque o condicionamento que nos é imposto é hipnopédico, subtil e imperceptível, indistinguível para a maioria de nós.
Até onde é que vai então a nossa liberdade? Ou os seus constrangimentos?
O que é a democracia? Ou a ditadura?
É estabilidade? Ou prisão intelectual?
Podemos exprimir-nos? Ou falam por nós?
Podemos sentir? Ou há um sentimento comum predefinido?
Talvez seja cepticismo não acreditar na bondade intrínseca da cultura Humana, e talvez utopia pensar que pode existir um mundo perfeito. Mas podemos pelo menos sonhar com um mundo em que não sejamos vitimas de este tipo de violência, um mundo regrado pelos sentimentos e não por leis amorfas, um mundo onde a razão seja usada no seu estado mais puro; um mundo fácil de imaginar, mas tão difícil de acreditar.
Mas porque é o sonho que comanda a vida, ainda não estamos perdidos, ainda vamos a tempo de encontrar o norte. E enquanto houver espaço para amar, temos o poder de mudar.

2 Comments:

  • A vida merece mesmo uma rosa, e merece que esses cobardolas se piquem e se esvaiam em sangue nos espinhos da liberdade; de todas elas...e é preciso saber então conhece-las...
    Ao ler o teu texto penso que nos temos de nos armar até aos dentes contra todas essas clarividências, porque também acredito que exista alguem que pensa como tu. Sente esse desconforto no conforto apático e doente que nos tentam oferecer e nos censuram por escolhermos outros caminhos, menos óbvios e obscuros á escuridão...
    Penso também que o texto deixa-me um pouco em dúvida como poderemos então concretizar esse mundo perfeito comandado pelo sonho de melhores destinos.
    AMOR?!?!? Talvez me expliques isso melhor noutro blog...

    By Anonymous Anónimo, at 22:20  

  • Puto era para acrescentar o comment anterior aqui vai:

    "And that, I think, was the handle - -that sense of inevitable victory over the forces of Old and Evil. Not in any mean or military sense; we didn't need that. Our energy would simply prevail.
    There was no point in fighting - -on our side or theirs. We had all the momentum; we were riding the crest of a high and beautiful wave."

    By Anonymous Anónimo, at 22:40  

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