Um mundo à p'arte

segunda-feira, dezembro 12, 2005

À Espera de ti

Há tanto tempo espero por ti.
Na solidão do meu lugar.
Nos meus sonhos despertos.
Numa terra em que o tempo passa a voar,
Velozmente sem pedir permissão.
Sem que eu possa traçar,
Um plano para te inventar.
Para te pintar no meu coração.
Mas olho para ti sem te conseguir ver.
Oiço a tua voz sem alcançar as palavras.
E continuo à procura.
De algo que me faça sentir.
Mesmo que tu não sejas real.
Ou não sejas quem eu pintei.
Hei-de descobrir-te sempre.
Hei-de esperar por ti.

Olá, Tenho Que Ir Andando

Olá, tudo bem?

Eu vou mais ou menos, isto está complicado!
Cada vez me sobra mais mês no fim do ordenado.
E o tempo contado não chega para nada.
Nem para tudo o que sonho acordado.
Estou a pensar em pedir algum emprestado.
Mas o sistema não poupa ninguém.
Quer-nos a alma em troca, não faz fiado.

Já houve tempo em que muito era o pouco,
E rico era o pobre.
Hoje nem do espírito estamos frutuosos.
E se verdade é que nada se perde,
Nem se cria. Tudo se transforma.
Porque andamos nós tão vazios?
Que nem a gravata das riscas nos favorece.

Mas conta-me novidades…
Fala-me de ti e de como tens passado.
Pareces diferente, mudado!
Mas… olha eu…já estou atrasado,
E ainda me falta um bom bocado.
A’dEus tenho que ir andado!
Mas foi bom encontrar-te.